Aumento, segundo o secretário de Saúde de SP, reforça a alta circulação do vírus na região, “impactando no número de pessoas doentes e, consequentemente, doentes graves que merecem acolhimento na UTI”
O estado de São Paulo registrou, nesta segunda-feira (22/2), o maior número de pessoas internadas em unidades de terapia intensiva (UTIs) direcionadas ao atendimento de covid-19 desde o início da pandemia. São 6.410 leitos ocupados no momento, enquanto o recorde histórico, de julho de 2020, foi de 6.257.
O aumento, segundo o secretário de Saúde de SP, Jean Gorinchteyn, reforça a alta circulação do vírus na região, “impactando no número de pessoas doentes e, consequentemente, doentes graves que merecem acolhimento na UTI”. O fechamento da semana epidemiológica 8 também revelou um incremento de 5,6% no número de internações, no comparativo entre as semanas anteriores.
O coordenador-executivo do comitê de contingência da covid-19 de São Paulo, João Gabbardo, destacou que a característica dos aumentos nas ocupações atuais pode ser explicada pela maior gravidade da doença nos assistidos. “Temos um número de pacientes internados bem acima da expectativa quando analisamos os dados de novas internações. Mesmo que não tenha ocorrido um aumento significativo de novos casos na UTI, a permanência desses pacientes nos leitos tem sido maior. Pode significar que os pacientes estão internando em uma situação mais grave e que exige um tempo maior de utilização dos equipamentos”, analisou.
Em meio ao panorama, Gabbardo adiantou que o plano de contingência da covid-19 no estado será atualizado esta semana. “São recomendações que, obviamente, tratam de redução de mobilidade, redução da movimentação das pessoas, que é o que podemos fazer agora para reduzir essa taxa de transmissibilidade”.
Novas cepas
“Isso exige mobilização da sociedade civil, da ciência, dos meios de comunicação e da população, de forma geral. Ainda temos um longo período pela frente para vencer a pandemia”, disse Doria.