Líder do Centrão prometeu retomar os trabalhos presenciais da Casa ainda em fevereiro e incluir a PEC Emergencial e as reformas administrativa e tributárias na pauta de votações
Candidato à presidência da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL) afirmou que, na sua agenda de prioridades, caso vença a disputa, a PEC Emergencial será uma das primeiras pautas da área econômica a ser colocada em votação. A matéria tem como principal objetivo regulamentar o teto de gastos com gatilhos fiscais.
Ainda no primeiro semestre deste ano, o líder do Centrão afirmou que pretende colocar as reformas administrativa e tributária para votação. “Temos que ter previsibilidade, e isso eu quero garantir caso assuma a cadeira de presidente”, afirmou Lira durante café da manhã com jornalistas nesta segunda-feira (11/01), em Brasília.
Para avançar com as pautas, Lira afirmou que já tem um entendimento com a maioria dos deputados para que a Casa volte a funcionar de forma presencial a partir das eleições da Mesa Diretora, marcadas para 1º de fevereiro. As votações remotas foram adotadas em março do ano passado por causa da pandemia do novo coronavírus.
“Tenho ouvido de muitos deputados, queixas de que eles não estão tendo voz, por isso temos a intenção de voltar. Vamos respeitar os protocolos da pandemia, garantido condições de votações, com rodízios nas comissões e trocas de horários”, afirmou Lira.
Apontado como candidato do presidente Jair Bolsonaro, Lira afirmou que seu principal adversário na disputa, o deputado Baleia Rossi (MDB-SP), é tão base do governo quanto ele. “O outro candidato é tão base do governo quanto eu. As duas (candidaturas) são da base do governo. O que me diferencia é que eu sou exclamação, sou franco e direto. Eu ando com os meus deputados, eu não ando tutelado”, argumentou o deputado.
Campanha
O líder do Centrão tem apostado em viagens aos estados do Brasil para atrair deputados que estejam no bloco partidário de Baleia. Nesta semana Lira passa pelos estados do Centro-Oeste e do Nordeste. Na semana passada visitou a região Norte.
“Eu venho dizendo que a nossa candidatura não é de cúpula partidária, nem de governadores, nem de líderes de partidos que não ouvem sua bancada. Eu não admito que um deputado que não seja ouvido pelo seu partido seja tratado como traidores”, alegou Lira.
Entre os partidos cortejados por Lira, o PSL vive um embate interno entre seus parlamentares. A sigla, que conta com 52 deputados, está oficialmente no bloco de Baleia Rossi, no entanto, cerca de 30 deputados devem votar em Lira.