Voorwald e outros cinco ainda estão na disputa pela vaga, segundo lista divulgada pelo ITA na terça-feira, 8. O processo seletivo, iniciado em junho, teve 11 inscritos. As entrevistas e apresentações dos candidatos serão feitas nas próximas semanas.
Em novembro, a banca responsável pela seleção deve encaminhar uma lista tríplice ao Comando da Aeronáutica, responsável pela decisão final. A expectativa é de que o novo reitor assuma até o começo de 2016.
Diferentemente de outras universidades públicas, o ITA aceita candidatos de fora da instituição para concorrer ao cargo de reitor. Entre os requisitos necessários, diz o edital, estão “formação acadêmica de alto nível” e experiência de gestão.
Antes de assumir a secretaria, em 2011, o engenheiro mecânico Voorwald foi vice-reitor e reitor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), entre 2005 e 2010. Também já passou pelo ITA, onde fez mestrado. Dos cinco concorrentes, só um não é docente do instituto.
A secretaria afirmou que ele foi indicado para o cargo pelo ITA, mas não tem expectativas reais de concorrer. A pasta ainda disse que Voorwald trabalha com um planejamento de ações até o fim deste mandato.
A assessoria de imprensa do instituto informou que são feitos convites a potenciais candidatos. Mas é necessária confirmação de interesse do próprio postulante à vaga para constar na lista divulgada na terça-feira.
Incerto
Voorwald quase deixou a Educação em janeiro, no começo do segundo mandato do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Mas, após nomes terem sido cogitados, a ideia da troca foi abandonada.
Interlocutores da secretaria ouvidos pelo jornal o Estado de S. Paulo se surpreenderam com a notícia. Um deles, porém, disse que informações de bastidores davam conta de que ele ficaria no cargo só durante este ano, o que é negado pela secretaria. O Palácio dos Bandeirantes também afirmou que não há negociações para que ele deixe a pasta.
Se confirmado como reitor, ele sairia em meio a mudanças importantes, como flexibilizar o currículo do ensino médio. Neste ano, o maior desgaste foi lidar com a greve dos professores por aumento salarial – que durou 89 dias, entre março e junho, a mais longa da história. Até agora, a gestão Alckmin não propôs reajuste à categoria.