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segunda-feira, 23/12/24
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Sedentarismo aos 40 prejudica a saúde do cérebro

De acordo com um novo estudo, pessoas sedentárias na meia-idade podem ter redução do volume cerebral e envelhecimento acelerado

O estudo realizado por pesquisadores americanos mostrou que as pessoas que tiveram pior desempenho no teste de esforço físico realizado aos 40 anos apresentaram menor volume cerebral na tomografia feita 20 anos depois(Thinkstock/VEJA)
O estudo realizado por pesquisadores americanos mostrou que as pessoas que tiveram pior desempenho no teste de esforço físico realizado aos 40 anos apresentaram menor volume cerebral na tomografia feita 20 anos depois(Thinkstock/VEJA)

Ser sedentário aos 40 anos pode contribuir para o envelhecimento e redução do volume cerebral na terceira idade. É o que diz um estudo publicado recentemente na revista científica Neurology.

A pesquisa, realizada por cientistas da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, analisou 1.583 pessoas, com, em média 40 anos, sem demência ou doenças cardíacas. Todos os participantes realizaram um teste de esforço na esteira e foram submetidos a tomografias do cérebro. Duas décadas depois, os procedimentos foram repetidos.

Os resultados mostraram que as pessoas que tiveram pior desempenho no primeiro teste de esforço apresentaram um menor volume cerebral na tomografia realizada 20 anos mais tarde.

O desenvolvimento de problemas cardíacos também se mostrou um indicador de aceleração do envelhecimento cerebral. Os participantes que não tinham problemas cardíacos nem usavam medicamentos para pressão alta apresentaram o equivalente a um ano de envelhecimento acelerado do cérebro. Por outro lado, aqueles que tinham problemas no coração ou usavam medicação para pressão apresentaram o equivalente a dois anos de envelhecimento cerebral.

“Encontramos uma correlação direta entre má forma física e o volume do cérebro nas décadas seguintes, o que indica envelhecimento acelerado.Além disso, os resultados sugerem que um bom condicionamento físico na meia-idade pode ser particularmente importante para milhões de pessoas ao redor do mundo que já têm alguma evidência de doenças cardíacas.”, disse Nicole Spartano, principal autora do estudo.

Os autores também descobriram que as pessoas cuja pressão sanguínea e frequência cardíaca subiam de forma mais acelerada no primeiro teste de esforço corriam um risco aumentado de ter cérebros menores 20 anos depois.

A redução do volume e o envelhecimento cerebral são processos naturais do envelhecimento humano. No entanto, essa atrofia está associada ao declínio cognitivo e ao aumento do risco de demência. Cientistas argumentam que a prática de atividade física pode reverter essa deterioração.

Embora este seja apenas um estudo observacional que mostra apenas uma associação entre as condições, os autores ressaltam que é preciso lembrar que as escolhas de saúde e estilo de vida feitas pelas pessoas podem ter consequências muitos anos depois.

(Da redação)

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