Ao todo, foram 43 votos pela aprovação do projeto e 21 contrários.
O plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira, 27, o texto principal de projeto que estabelece o chamado marco temporal para a demarcação de terras indígenas, apesar de posicionamento recente do Supremo Tribunal Federal (STF), que rejeitou a tese.
Pelo texto aprovado, fica estabelecida o dia da promulgação da Constituição Federal — 5 de outubro de 1988 — como marco temporal. Pela tese, terras sujeitas à demarcação precisam da comprovação de que eram ocupadas por povos indígenas nesta data.
A votação ocorre no dia em que a Suprema Corte discutia a modulação de votos dos ministros sobre o tema para definir, entre outros pontos, os termos de indenizações a proprietários de terras que venham a ser desapropriadas.
Ao todo, foram 43 votos pela aprovação do projeto e 21 contrários.
A discussão do marco temporal, que normalmente já provocava embates entre a bancada ruralista e defensores dos povos indígenas, acabou sendo contaminada por um conflito maior, em que integrantes do Legislativo, boa parte integrantes da oposição, acusam o Judiciário de extrapolar suas prerrogativas e invadir as competência do Congresso.