Governador Ibaneis inaugurou unidade de Brazlândia e anunciou a construção de outras duas, na Estrutural e no Guará; oferta de atendimentos emergenciais foi duplicada
“Com essas nove UPAs, chegaremos a 40 mil atendimentos. Isso é um projeto nosso de reforço na saúde. Fizemos em três anos muito mais do que foi feito em 20 anos” – Governador Ibaneis Rocha
Inaugurada nesta terça-feira (22), a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Brazlândia é a sétima entregue pela atual gestão do Governo do Distrito Federal (GDF), em menos de cinco meses. O número vai aumentar ainda mais, já que o governador Ibaneis Rocha anunciou a licitação de mais duas unidades.
“É a sétima UPA entregue, mas teremos mais duas licitadas em abril, uma na Estrutural e outra no Guará”, declarou Ibaneis. “Com essas nove UPAs, chegaremos a 40 mil atendimentos. Isso é um projeto nosso de reforço na saúde. Fizemos em três anos muito mais do que foi feito em 20 anos. Teremos mais UBSs para reforçar a Atenção Básica; nosso projeto para a saúde foi abalado pela pandemia, mas a gente segue firme no sentido de colocar à população do DF a melhor saúde possível.”
A UPA de Brazlândia terá funcionamento 24h por dia, vai contar com quase 150 profissionais – entre médicos, enfermeiros e outros – e terá capacidade para 4,5 mil atendimentos por mês. Até o ano passado, o Distrito Federal contava com seis UPAs. Esse número mais do que dobrou, passando para 13, com a entrega em Brazlândia.
Para tirar do papel essa e as outras unidades em Ceilândia, Paranoá, Gama, Riacho Fundo II, Planaltina e Vicente Pires, o GDF investiu mais de R$ 51 milhões nas estruturas, além de contratar cerca de mil profissionais. Juntas, essas sete unidades são capazes de oferecer até 31,5 mil atendimentos mensais.
Mais obras
Durante a agenda em Brazlândia, o governador também anunciou outras obras para a cidade. Na saúde, destacam-se a construção da UBS da Chapadinha e da UBS do Incra 8, bem como a ampliação e reforma do Hospital Regional de Brazlândia. Ibaneis também afirmou que haverá reforma e modernização da subestação de energia e da feira da cidade.
Ministra da Secretaria de Governo e deputada federal, Flávia Arruda elogiou a atuação do GDF e se colocou à disposição para colaborar mais. “Nós, unidos, não teremos só a UPA, a feira e a rodoviária, mas sim a Brazlândia que a população merece”, apontou Flávia, que colaborou com emendas para a construção das UPAs. “Tenho orgulho de fazer parte de uma bancada federal com condições de apoiar as obras do governo e dar suporte ao governador Ibaneis Rocha. Juntos, conseguimos colocar mais recursos no DF”.
“Se formos pesquisar nos estados brasileiros, talvez nenhum outro tenha inaugurado tantas unidades de saúde” – Manoel Pafiadache, secretário de Saúde
Morador de Brazlândia, o deputado distrital Iolando Almeida disse estar confiante que a cidade vai atingir “outro patamar” com as entregas já feitas e as que estão por vir. “Nós acreditamos que essa cidade nunca mais será a mesma”, afirmou. “Tenho certeza que em breve estaremos inaugurando a rodoviária, a Praça da Bíblia, lançando a obra de ampliação do hospital e várias outras obras. Ninguém vai parar Brazlândia nesse progresso”.
Além de Flávia Arruda e Iolando Almeida, compareceram à cerimônia a deputada federal Celina Leão e os deputados distritais Rafael Prudente e Jorge Vianna.
A primeira UPA da cidade
Localizada na Vila São José, Quadra 37, Área Especial 1, a UPA de Brazlândia recebeu R$ 7,2 milhões em investimentos, entre obras, equipamentos e mobília. A estrutura tem capacidade para atender os mais de 80 mil habitantes, somando a população urbana e rural.
Para o secretário de Saúde, Manoel Pafiadache, o DF larga na frente com a entrega de mais estruturas, quando comparado a outras unidades da Federação. “Se formos pesquisar nos estados brasileiros, talvez nenhum outro tenha inaugurado tantas unidades de saúde, e um governo com essa preocupação, como o nosso, demonstra que se importa com esse tema estratégico. Aqui, temos quase 150 profissionais contratados, a farmácia abastecida e o laboratório pronto para receber a população”, pontuou.
A nova UPA conta com dois leitos de atendimento crítico emergencial na Sala Vermelha, seis leitos de observação e um leito de isolamento na Sala Amarela, dez poltronas de medicação/inalação e reidratação na Sala Verde, três consultórios e uma sala para classificação de riscos, distribuídos em 1,2 mil m2. A unidade também está equipada para exames laboratoriais de urgência, eletrocardiograma e raios-X.
Diretora-presidente substituta do Iges-DF, Mariela Souza de Jesus comemorou a abertura da nova UPA: “O GDF não mediu esforços para ampliar a rede de UPAs no DF, uma demonstração de zelo com a população em cada cidade. As UPAs são fundamentais para o rápido atendimento da comunidade e desafoga os prontos-socorros de forma muito eficiente”.
Sonho realizado
O profissional de educação física David Nunes, de 42 anos, passou por uma situação drástica em 2016 quando sua mãe, Maria Dalva, morreu pela ausência de leito de UTI. A dor de David se transformou na luta por melhores condições de saúde na cidade. Ele se engajou na luta e colheu 3 mil assinaturas pedindo a construção de uma UPA na cidade.
“Perdi minha mãe no Hospital de Brazlândia e, desde então, passei a estudar o tema”, contou. “Nós tínhamos na cidade a Atenção Primária e a Atenção Terciária, mas não o cuidado intermediário. Em 2020, criei o Movimento SOS Saúde Brazlândia para lutar por essa UPA e agora finalmente conseguimos. Agradecemos o governo por ela. Talvez não seja a solução definitiva da saúde, mas vai amenizar os problemas da cidade. Uma luta e cada vez.”
A inauguração é comemorada também por quem vive na zona rural. É o caso do produtor rural Ronaldo Andrade, de 52 anos, que mora há 11 na região administrativa. “Para nós que vivemos na zona rural e temos muitas dificuldades na saúde, o atendimento sempre ocorria em outras cidades”, lembrou. “Ter uma UPA aqui é um grande avanço. A zona rural também acaba sendo contemplada com essa UPA. Antes, a gente precisava se deslocar para Ceilândia ou Taguatinga para buscar atendimento”.
Quando buscar atendimento
As UPAs são o caminho para atendimento de urgência e emergência em clínica médica, casos de pressão e febre alta, fraturas e cortes e exames como raios-X, eletrocardiograma e demais procedimentos laboratoriais. Nesses espaços são ofertados serviços de média e alta complexidade, como se fosse o meio-termo entre a UBS e os hospitais. O que determina a ordem de atendimento é a gravidade do risco, não a ordem de chegada.
Os casos de urgência são aquelas situações que requerem assistência rápida, a fim de evitar complicações e sofrimento, enquanto a emergência serve para contextos de ameaça iminente à vida, sofrimento intenso ou risco de lesão permanente, exigindo tratamento médico imediato.
Embora atendam casos de emergência, as UPAs são locais de passagem e observação do paciente em busca de sua estabilização. Quando há necessidade de internação, transfere-se a pessoa para um hospital.
Veja, abaixo, a relação de UPAs entregues nesta gestão.
* UPA Ceilândia II
Entregue em 24/9/21
4,5 mil atendimentos por mês
154 profissionais contratados
R$ 7,1 milhões investidos
* UPA Paranoá
Entregue em 18/10/21
4,5 mil atendimentos por mês
146 profissionais contratados
R$ 6,8 milhões investidos
* UPA Gama
Entregue em 27/10/21
4,5 mil atendimentos por mês
146 profissionais contratados
R$ 7 milhões investidos
* UPA Riacho Fundo II
Entregue em 18/11/21
4,5 mil atendimentos por mês
154 profissionais contratados
R$ 7 milhões investidos
* UPA Planaltina
Entregue em 8/12/21
4,5 mil atendimentos por mês
146 funcionários
R$ 8,3 milhões em investimentos
* UPA Vicente Pires
Entregue em 25/1/22
4,5 mil atendimentos por mês
153 funcionários
R$ 7 milhões em investimentos
* UPA Brazlândia
Entregue em 22/2
4,5 mil atendimentos por mês
146 funcionários
R$ 7,2 milhões em investimentos