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Stephen Hawking: Miniburacos negros podem fornecer energia para o mundo todo

O físico britânico falou a um programa de rádio da BBC que um buraco negro do tamanho de uma montanha é capaz de emitir raios gama e raios-x a uma taxa de, aproximadamente, 10 milhões de megawatts

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Para Hawking, os buracos negros não são as eternas “prisões” que sempre se pensou, uma vez que as informações podem entrar e sair deles, ou até mesmo, se transportarem para outro universo(Leon Neal/AFP)

físico britânico Stephen Hawking apontou uma nova teoria de que pequenos buracos-negros, com massa equivalente à de uma montanha, seriam capazes de fornecer energia para abastecer o mundo todo. Segundo o físico, que falou a um programa de rádio da BBC na última terça-feira (2), “um buraco negro do tamanho de uma montanha é capaz de emitir raios gama e raios-x a uma taxa de, aproximadamente, 10 milhões de megawatts”.

 

Hawking havia descoberto anteriormente que os buracos negros são capazes de criar e emitir partículas e radiação. Em seus cálculos, os buracos negros grandes, que possuem massa equivalente à do Sol, emitem radiação em uma velocidade inversamente proporcional à sua massa. Ou seja, grandes buracos negros emitem radiação e partículas a uma velocidade tão baixa, que os raios-x e gama não conseguem ser detectados. Logo, os “mini” buracos negros conseguem emitir energia a uma velocidade muito maior, por serem pequenos.

Problemas – O meio de aproveitarmos a energia deste “mini” buraco negro, no entanto, não parece uma solução prática e possível. “Você não poderia mantê-lo em uma estação de energia, porque ele cairia em direção ao centro da Terra. A única maneira de aproveitarmos sua energia seria tê-lo em órbita ao redor da Terra”, explicou o físico.

De acordo com ele, muitos especialistas buscam por estes buracos negros, mas não os encontraram até o momento. “Isto é uma pena, pois se eles achassem, eu ganharia um prêmio Nobel”, brincou o físico. A solução para este problema pode estar no acelerador de partículas do CERN, na Suíça: as partículas colidem em um grande tubo circular de 27 quilômetros, e, em determinadas situações, poderiam criar pequenos buracos negros que seriam utilizados para o abastecimento de energia. “Sendo assim, eu posso ganhar um prêmio Nobel, no final das contas”, afirmou o britânico.

Para Hawking, os buracos negros não são as eternas “prisões” que sempre se pensou, uma vez que as informações podem entrar e sair deles, ou até mesmo, se transportarem para outro universo. “Então, se você pensa que está em um buraco negro, não desista. Sempre tem uma saída”, concluiu o físico no programa.

 

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