A Suécia tem 5.930 mortes por covid-19 desde o início da pandemia e registrou durante a primeira onda uma das taxas de mortalidade mais elevadas Europa
Enquanto grande parte da Europa endurece as medidas para conter a pandemia de covid-19, a Suécia mantém sua estratégia, com ajustes ao aumento de casos, mas sem confinamentos ou medidas coercitivas.
Nos últimos dias, o país nórdico anunciou recomendações mais rígidas, mas também flexibilizou várias medidas, dando sequência a sua surpreendente tática solitária.
O número de casos aumenta regularmente desde meados de setembro. Na quinta-feira, as autoridades de saúde registraram 1.614 novos infectados pela covid-19, o maior número desde junho.
Uma tendência de alta similar à maioria dos países europeus, que para conter o vírus decidiram adotar confinamentos parciais ou toques de recolher.
Menos estrita, a Suécia, que tem o balanço de 5.930 mortes por covid-19 desde o início da pandemia e registrou durante a primeira onda uma das taxas de mortalidade mais elevadas Europa, tenta ajustar sua abordagem.
No início da semana, o governo decretou novas medidas na cidade universitária de Uppsala, a 70 quilômetros da capital Estocolmo, que vive um aumento de casos desde o retorno das aulas no início do outono (hemisfério norte, primavera no Brasil).
Agora, os moradores receberam a recomendação para que evitem os transportes públicos e os contatos físicos com as pessoas que não moram na mesma residência até 3 de novembro.
“As pessoas só conseguem aguentar medidas tão estritas por um período limitado e o momento é importante. Não se pode começar muito cedo nem esperar muito tempo (…) esperamos que seja o momento correto”, justifica o epidemiologista Anders Tegnell, coordenador da estratégia sueca.