Suspeito de feminicídio no DF que disse ter ganhado na loteria e pediu demissão é preso no Maranhão
Vítima foi atingida com golpe na nuca dentro de casa, no Itapoã. Cabeleireiro será trazido para prestar depoimento.

Polícia fechou a rua onde fica a casa da mulher assassinada no Itapoã, no dia do crime — Foto: TV Globo / Reprodução
A polícia localizou o cabeleireiro Antônio Pereira Alves, de 44 anos, principal suspeito de matar a namorada, Maria dos Santos Gaudêncio, de 52 anos, dentro de sua própria casa no Itapoã, no Distrito Federal. A prisão ocorreu no sábado (23) na terra natal dele, em Santa Quitéria, no Maranhão. Ele será trazido para o DF ainda nesta segunda-feira (25).
O crime ocorreu em 19 de março e é o 6º caso de feminicídio desde o início do ano no DF, segundo a polícia. De acordo com a investigação, Maria foi morta com um golpe na nuca.
Na segunda-feira (18), Alves pediu demissão por mensagem ao chefe, dizendo que havia ganhado na loteria. Disse ao patrão que tinha deixado a chave de casa, doado as roupas e a máquina de cortar cabelo – e que iria embora.
Depois disso, o cabeleireiro não tinha sido mais visto. Ele e Maria namoravam há pouco mais de um ano e, segundo parentes, não tinham nenhum histórico de violência.
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Vítima de feminicídio no DF em foto com o namorado, principal suspeito pelo crime — Foto: Polícia Civil/ Divulgação
No domingo, dia do assassinato, eles almoçaram na casa de uma das filhas de Maria, em Ceilândia. Por volta das 23h, o cabeleireiro foi visto saindo da casa da vítima, no Itapoã.
De acordo com depoimentos dados à Polícia Civil, um dia antes do crime, Alves pediu para “acertar o salário” com o dono do salão onde trabalhava. Ele teria dito que iria para a casa de um primo que havia morrido, em Goiás. Mas uma frase do cabeleireiro chamou a atenção.
“Ele disse que estava com vontade matar alguém, sem dizer a quem se referia”, informou uma testemunha.
Em outra mensagem enviada para o patrão, na segunda-feira – depois da morte de Maria – Alves mostra parte do suposto bilhete de loteria premiado. Ele explica que ainda não havia conferido o resultado do jogo feito na semana anterior.
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Mensagem de WhatsApp enviada por suspeito de feminicídio para o patrão, no DF, antes de desaparecer — Foto: Polícia Civil/ Divulgação
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