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terça-feira, 24/12/24
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Talibã confirma morte de comandante e anuncia substituto

A escolha do mulá Haibatullah Akhundzada como o novo chefe da organização deve dificultar as tentativas de negociação de paz com o governo do Afeganistão

Mullah Haibatullah Akhundzada, novo líder do Talibã(VEJA.com/Reuters)
Mullah Haibatullah Akhundzada, novo líder do Talibã(VEJA.com/Reuters)

A organização extremista Talibã, do Afeganistão, confirmou nesta quarta-feira que o seu comandante Akhtar Mansour foi morto em um bombardeio realizado por um drone americano na semana passada. O grupo também anunciou o mulá Haibatullah Akhundzada como o sucessor., um estudioso conhecido por pontos de vista radicais, o que torna improvável a negociação de um processo de paz com o governo afegão.

O anúncio veio enquanto um homem-bomba detonava explosivos em um micro-ônibus que transportava autoridades do tribunal na capital afegã, matando ao menos 11 pessoas, disse uma autoridade. O Talibã reivindicou imediatamente a responsabilidade pelo ataque.

Em comunicado enviado à imprensa, a organização disse que seu novo chefe era um dos dois vices de Mansour. O grupo insurgente disse que ele foi escolhido em uma reunião da cúpula do Talebã, que se acredita ter ocorrido no Paquistão, mas não ofereceu mais detalhes.

 

Mansour foi morto no Paquistão no sábado, quando seu veículo foi atingido por um míssil lançado por um drone americano. O presidente Barack Obama confirmou o ataque na segunda-feira e declarou que a morte do extremista foi um marco histórico, que poderia facilitar as negociações de paz no Afeganistão.

As autoridades paquistanesas foram acusadas tanto por Cabul quanto pelo Ocidente de dar abrigo e apoio a alguns comandantes talibãs. O grupo extremista tem lutado para derrubar o governo de Cabul desde 2001, quando o seu próprio regime islâmico foi derrubado durante a invasão americana.

Os Estados Unidos e o governo afegão disseram que Mansour tinha sido um obstáculo para um processo de paz, uma vez que ele se recusou a participar em conversações com o governo afegão no início deste ano. Ao invés disso, ele intensificou a guerra no Afeganistão, que já chega a seu 15º ano.

(Com Estadão Conteúdo)

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