Os juros futuros passaram a cair e tocaram mínimas na manhã desta terça-feira, 19, acompanhando a inversão de sinal do dólar para o lado negativo depois da abertura. Segundo um operador, se por um lado existe a preocupação de que não seja aprovada em fevereiro a reforma da Previdência e que a nota de crédito do Brasil seja rebaixada, no exterior, o clima é de bom humor nesta terça, com expectativa de que a reforma tributária dos Estados Unidos seja aprovada.
O mercado local digere neste terça a notícia de que o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu na segunda-feira artigos da medida provisória que adiavam em um ano o reajuste do funcionalismo federal e aumentavam a contribuição previdenciária dos servidores que ganham mais de R$ 5,5 mil, de 11% para 14%.
A economia esperada pelo governo com essas duas medidas em 2018 é de R$ 4,4 bilhões. Lewandowski decidiu atender ao pedido do PSOL e remeter a decisão para referendo do plenário, o que deve ocorrer só no ano que vem.
Nesta terça, em entrevista a uma rádio, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que a decisão do ministro Lewandowski é monocrática e será objeto de decisão posterior do STF.
Na esfera política, no dia da convenção do PMDB, o Supremo Tribunal Federal retoma o julgamento sobre imunidade presidencial e o “quadrilhão do PMDB da Câmara”.
Pouco antes do fechamento deste texto, o empresário Marcelo Odebrecht deixou a carceragem da Polícia Federal em Curitiba e segue para colocar tornozeleira eletrônica.
Às 10h06, o DI para janeiro de 2019 estava em 6,90%, na mínima, de 6,92% do ajuste de segunda-feira. O DI para janeiro de 2020 exibia 8,24%, na mínima, ante 8,27% do ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 estava em 9,29%, de 9,30% do ajuste anterior. E o vencimento para janeiro de 2023 a 10,27, de 10,29% do ajuste anterior.
No câmbio, o dólar à vista caía 0,19%, aos R$ 3,2890. Já o dólar futuro de janeiro recuava 0,14%, aos R$ 3,2910.