Por unanimidade, tribunal concedeu habeas corpus provisório aos dois e substituiu a prisão por medidas como bloqueio de bens
O ex-presidente Michel Temer e seu antigo assessor, o coronel Lima, devem ser libertados nesta quarta-feira 15 após cerca pouco menos de uma semana presos. Na terça-feira, a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu liminarmente (provisoriamente) conceder habeas corpus aos dois, detidos na semana passada por um caso corrupção vinculado à Lava Jato. As prisões foram substituídas por medidas cautelares, como o bloqueio de bens.
Os quatro juízes da Sexta Turma do STJ votaram por unanimidade a favor de outorgar um habeas corpus a Temer (2016-2018), em prisão preventiva pela segunda vez desde março.
A decisão também favoreceu o coronel João Baptista Lima, ex-assessor e amigo de Temer, e garantirá a liberdade de ambos até que o habeas corpus seja avaliado em outra audiência “definitiva” no STJ.
Temer, de 78 anos, se entregou na última quinta-feira à Polícia Federal de São Paulo, depois que um tribunal de segunda instância determinou seu retorno à prisão, no contexto de uma investigação pela recepção de supostos subornos em 2014 em troca de contratos de obras na usina nuclear Angra 3 no estado do Rio de Janeiro.
O Ministério Público Federal (MPF) acusou Temer de estar à frente de uma “organização criminosa” e justificou o pedido de prisão preventiva alegando que essa rede, operante há 40 anos, continua “em plena atividade”.