Trabalhadores dizem estar sem receber salário de janeiro, 13º e vales alimentação e transporte de fevereiro. Secretaria de Educação diz que repassou R$ 18 milhões a todas as terceirizadas.
Os trabalhadores terceirizados de limpeza das escolas que ficam no Paranoá e no Itapoã, no Distrito Federal, cruzaram os braços nesta quinta-feira (16), em frente à Regional de Ensino do Paranoá, em protesto aos meses de salários atrasados. Segundo o sindicato que representa a categoria, o Sindserviços, a greve não termina enquanto até que os pagamentos sejam feitos.
“Não tem data para acabar. Enquanto o dinheiro não voltar à conta dos trabalhadores, ninguém vai trabalhar”, disse o diretor do Sindiserviços no Paranoá, Pedro Rodrigues.
A Secretaria de Educação disse que repassou R$ 18 milhões a todas as terceirizadas em 9 de fevereiro. Já a empresa Juiz de Fora Serviços, que emprega o grupo, não se posicionou até a publicação desta reportagem.
De acordo com um dos trabalhadores, eles estão sem receber o 13º, o salário de janeiro e os vales alimentação e transporte de fevereiro. Já o salário de dezembro, que também não tinha sido pago na data, só foi quitado no final do mês passado.
“Assim não dá. A gente está tendo que pagar para coneguir trabalhar”, contou a funcionária, Ovídia da Silva.
Segundo o sindicato, os trabalhadores sofrem sem renda. Quem trabalha em serviços gerais recebe salário de R$ 1.052,20, com tíquete de R$ 27,50 por dia trabalhado. O sindicato não soube estimar o número de funcionários que entrou em greve.
“A gente fica entre a espada e a bainha nessa situação”, afirmou Rodrigues.