23.5 C
Brasília
segunda-feira, 23/12/24
HomeAconteceuTJGO afasta desembargador que pediu a extinção da Polícia Militar

TJGO afasta desembargador que pediu a extinção da Polícia Militar

O governador de Goiás chegou a pedir o impeachment do magistrado

Desembargador Adriano Roberto Linhares Camargo Foto: YouTube Seção Criminal TJGO

O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) afastou o desembargador que criticou a atuação da Polícia Militar e pediu a extinção da corporação. O magistrado Adriano Roberto Linhares Camargo aparece em um vídeo falando contra os agentes da PMGO.

O afastamento foi decidido por 18 votos a favor e 3 contrários, nesta segunda-feira (6), em uma sessão extraordinária que foi realizada após a repercussão do caso.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), chegou a comentar o vídeo nas redes sociais, defendendo a PM e pedindo o impeachment do desembargador por atentar contra a democracia.

– Quando pede a extinção da nossa Polícia Militar, está atentando contra o Estado Democrático de Direito. Eu sempre respeitei o Tribunal de Justiça e sei que não tem nenhuma conivência com sua fala, que deve ser avaliada pelo Conselho de Ética, que deve lhe impor o impeachment. Mandei o procurador-geral do Estado de Goiás encaminhar pedido de investigação ao corregedor para que as penas sejam aplicadas – disse Caiado em um vídeo.

DESEMBARGADOR CONDENOU EXCESSOS

O vídeo do desembargador era um julgamento de um caso referente a uma abordagem realizada por policiais a um veículo. Para Camargo, a PMGO agiu de forma excessiva.

– Aqui vai uma reflexão pessoal: para mim, tem que acabar com a Polícia Militar, e instituir uma forma diferente na área de investigação e de repressão do crime. A Polícia Militar é uma reserva técnica do Exército e é para enfrentar o inimigo, é este o seu papel. É por isso que nós vemos abusos e excessos seguidos, recorrentes. A Polícia Militar de Goiás é invisível. Vejam nos jornais a quantidade de confrontos e ninguém leva um tiro, e morrem quatro, cinco e seis. Não é por preparo não, nós sabemos porque é – disse o magistrado.

Mais acessados