De janeiro a agosto,105 aparelhos foram danificados, contra 35 em 2014. Radares são alvo de pedradas, pixações e até ataques com correntes.
O número de radares alvos de vandalismo na cidade de São Paulo triplicou neste ano em relação a todo o ano passado, mostram dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). De janeiro a agosto deste ano, 105 radares foram vandalizados, segundo dados fornecidos pela CET. Já em 2014, 35 equipamentos foram alvos de vandalismo considerando o ano todo. Em média, um radar é danificado em São Paulo a cada três dias e meio.
De acordo com a CET, os radares de trânsito são atacados principalmente com:
– pedradas;
– pichações;
– roubo de peças;
– colisões de veículos contra o poste;
– uso de correntes para arrastar os equipamentos.
A companhia informou que não é possível estimar o custo de cada radar, mas que a substituição e manutenção dos aparelhos danificados está prevista no contrato com os fornecedores, sem custo adicional. A CET também não informou os motivos para o vandalismo contra os radares.
Quando um ataque ocorre, a CET registra um boletim de ocorrência para que o responsável pague pelo prejuízo. A depredação de radares configura dano ao patrimônio público, com pena de 1 a 5 anos de prisão e multa de um a cinco salários mínimos. A pena pode aumenta em até 50% caso o vandalismo seja acompanhado de furto do equipamento.
Multas
Atualmente, a cidade conta com 872 radares. Eles foram comprados por meio de licitação em fevereiro de 2014, ao custo de R$ 530 milhões. No lote, há 843 radares fixos, 15 radares móveis e 14 radares pistola (quatro usados para treinamento e 10 utilizados para multar motos nas marginais Pinheiros e Tietê).
Até a contratação do novo lote a cidade contava com 598 equipamentos, ou seja, o crescimento no número de aparelhos foi de 45%, inferior ao aumento dos casos de depredação.
A Prefeitura de São Paulo aumentou em R$ 289 milhões a estimativa de arrecadação com multas de trânsito neste ano. Assim, o total arrecadado deverá atingir R$ 1,19 bilhão, 32% acima da previsão original de R$ 902 milhões.
A mudança de previsão de arrecadação acontece no momento em que a CET implementa seu programa para padronizar a velocidade máxima permitida em 50 km/h nas principais avenidas arteriais da cidade.