Enquanto os meios de comunicação ocidentais afirmam que os chamados “drones dragão” ucranianos estão usando uma mistura de pó de alumínio e óxido de ferro, também conhecido como termite, o analista militar russo Alexei Leonkov sugere que os drones provavelmente carregam “misturas de pirogel” que são mais eficazes do que as misturas de pó.
“Normalmente, esse tipo de mistura era usado durante combates em florestas para iniciar vários incêndios e extinguir guerrilhas”, Leonkov, que também é editor da revista Arsenal Otechestva (Arsenal da Pátria), conta à Sputnik. “Os americanos, por exemplo, os usaram no Vietnã, e eles também foram usados em outras guerras.”
Os “drones dragões” estão sendo usados essencialmente como lança-chamas aéreos, ele explica: ao atingir o alvo, o drone voa baixo enquanto dispersa a mistura incendiária que funciona como napalm.
Em relação à eficácia desses drones, Leonkov argumenta que a precisão e a confiabilidade são bastante questionáveis, sem mencionar que as defesas aéreas russas não ficarão de braços cruzados apenas observando esses drones voarem.
Quando questionado sobre a aparente semelhança dessa nova tática ucraniana e o uso de armas incendiárias pela Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial e pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial, Leonkov observa que certas táticas mudam pouco ao longo do tempo.
“Há também a questão do uso indiscriminado de mistura incendiária ou napalm”, ele acrescenta. “Os americanos se tornaram os primeiros depois dos nazistas a usar misturas incendiárias em massa. No Vietnã, eles usaram napalm para incendiar vilas e as florestas e campos ao redor… E quem treina os ucranianos? Os americanos. Então não é nenhuma surpresa.”