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sábado, 23/11/24
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Um ano após atentados, ‘Charlie Hebdo’ ataca extremismo com humor

No editorial publicado na edição especial, o diretor do semanário satírico, Laurent Sourisseau, conhecido como Riss, exalta o secularismo e a liberdade de expressão

alx_mundo-charlie-hebdo-20160103-001_originalNa semana em que a França lembrará, com diversas solenidades, o aniversário dos ataques de 7 de janeiro em Paris, o semanário satírico Charlie Hebdo – um dos alvos dos atentados – chega às bancas com uma capa especial. A frase “o assassino ainda está em fuga” acompanha a imagem de Deus correndo com um fuzil nas costas e as mãos sujas de sangue. No editorial publicado na edição especial, o diretor do semanário, Laurent Sourisseau, conhecido como Riss, exalta o secularismo e a liberdade de expressão.

Cerimônias austeras estão marcadas para ocorrer, sob forte aparato de segurança, para lembrar os ataques contra a redação do Charlie Hebdo e um supermercado kosher, nos quais três homens armados mataram dezessete pessoas. O semanário, famoso por suas capas satíricas ridicularizando as religiões e políticos, perdeu grande parte de sua cúpula editorial nos ataques de 7 de janeiro, quando terroristas abriram fogo contra os jornalistas dentro da redação.

 

Os três homens armados foram depois mortos a tiros por policiais em meio a três dias de perseguições violentas, que terminaram com a morte de quatro pessoas feitas reféns em um mercado judaico. Numa segunda onda de ataques terroristas, em 13 de novembro, jihadistas massacraram pessoas em cafés e numa casa de concertos de Paris, atacando também um estádio na pior tragédia infligida à França desde o pós-guerra.

Com o país em alerta alto desde então e em meio à temporada de comemorações pelo ano novo, soldados estão mobilizados para proteger prédios oficiais e locais religiosos durante o aniversário dos ataques ao Charlie. Em 10 de janeiro, outra cerimônia de cunho mais público será realizada na Place de la Republique, a praça no leste de Paris na qual se formaram imensas manifestações de apoio à liberdade de expressão e aos valores democráticos após os ataques, tornando-se assim um memorial informal. O presidente francês, François Hollande, vai comandar a cerimônia, durante a qual um carvalho de 10 metros de altura será plantado, disse um representante do governo.

 

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