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sábado, 28/09/24
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UnB vai pesquisar efeitos da Covid-19 nas gestantes e recém-nascidos

Estudo atinge também mulheres na fase pós-parto. Trabalho pretende saber se mães podem transmitir vírus para bebês.

Recém-nascido usa máscara contra coronavírus em maternidade pública do DF — Foto: Divulgação/Saúde-DF

Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB), em parceria com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), vão analisar os efeitos do novo coronavírus nas gestantes, nos bebês recém nascidos e nas mulheres durante o pós-parto, as puérperas. Um dos focos da pesquisa é observar se o vírus pode ser transmitido da mãe para o bebê.

Durante o estudo, serão acompanhadas 300 gestantes. A ideia é avaliar se o vírus aumenta o risco da gestante ter outras doenças ou complicações, como aborto, parto prematuro, pré-eclâmpsia e malformação fetal.

Já os bebês serão monitorados do nascimento até os cinco anos de idade. Nesse grupo, os pesquisadores querem descobrir se o vírus interferiu no desenvolvimento neuropsicomotor da criança e se aumentou a mortalidade infantil.

Segundo o médico e professor Geraldo Fernandes, um dos coordenadores do estudo, o grupo quer entender se os filhos das gestantes expostas ao vírus vão apresentar alguma sequela, no nascimento ou durante o crescimento.

Metodologia do estudo

Reprodução em 3D do modelo do novo coronavírus (Sars-CoV-2) criada pela Visual Science. Dentro do verde mais claro, as bolinhas vermelhas representam o 'centro' do vírus, o genoma de RNA; as bolinhas verdes são proteínas 'especiais', que protegem esse material genético. Ao redor do verde, o vermelho mais fraco é a 'casca', feita de uma membrana retirada da célula hospedeira. O vermelho mais vivo são as proteínas 'matrizes' codificadas pelo vírus. As 'pontas' que saem do vírus são as 'lanças de proteínas', que o vírus usa para se conectar às células hospedeiras e infectá-las.  — Foto: Reprodução/Visual Science

Reprodução em 3D do modelo do novo coronavírus (Sars-CoV-2) criada pela Visual Science. Dentro do verde mais claro, as bolinhas vermelhas representam o ‘centro’ do vírus, o genoma de RNA; as bolinhas verdes são proteínas ‘especiais’, que protegem esse material genético. Ao redor do verde, o vermelho mais fraco é a ‘casca’, feita de uma membrana retirada da célula hospedeira. O vermelho mais vivo são as proteínas ‘matrizes’ codificadas pelo vírus. As ‘pontas’ que saem do vírus são as ‘lanças de proteínas’, que o vírus usa para se conectar às células hospedeiras e infectá-las. — Foto: Reprodução/Visual Science

A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética. Será “um estudo observacional epidemiológico que analisa a incidência da doença”, explicam os coordenadores.

Além de avaliar as gestantes infectadas pelo Sars-CoV2, a pesquisa fará uma comparação com grávidas que não se infectaram, explica Licia Mota, reumatologista e professora da UnB. .

“Esperamos, com o estudo, avaliar características, como presença do vírus e presença de anticorpos no líquido amniótico e no sangue do cordão umbilical.”

Como participar?

Para participar da pesquisa, a gestante deve entrar em contato com o Hospital Universitário de Brasília (HUB/UnB) pelo telefone (61) 2028-5232.

As gestantes interessadas em fazer parte do estudo devem:

  • Ter diagnóstico confirmado da Covid-19, há pelo menos 14 dias
  • Ter mais de 18 anos
  • Não ter suspeita ou confirmação de outras infecções congênitas ou doenças crônicas pré-existentes – exceto diabetes e hipertensão.

 

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