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Uso do Enem para entrar na USP é aprovado no Conselho de Graduação

Cursos devem reservar percentual de vagas por meio do Exame.
Decisão final será do Conselho Universitário em reunião na terça (23).

O Conselho de Graduação (CoG) da Universidade de São Paulo (USP) aprovou nesta quinta-feira (18) a adoção do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como alternativa à Fuvest, vestibular tradicional da instituição.

De acordo com a proposta que já tinha sido feita pela Pró-Reitoria de Graduação, cada unidade definiu quais cursos adotarão o sistema, assim como a quantidade de vagas e demais critérios.

Em nota, a assessoria da USP disse que a decisão final sobre o tema e o detalhamento será dado na próxima semana.

“Para que as mudanças sejam implantadas, deverão ser aprovadas no Conselho Universitário, quando faremos a divulgação oficial do assunto. A próxima reunião do CO será no dia 23/06.”

Reserva de 15% das vagas
A proposta da pró-Reitoria colocada para avaliação de cada unidade é a reserva de 15% das vagas para alunos de escolas públicas através do Enem.

Com o avanço dos debates, a expectativa é que o uso do Enem já esteja valendo no próximo processo seletivo.

Haddad aprova medida
Em maio, o ex-ministro da Educação e professor da Universidade de São Paulo (USP), o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, defendeu o uso do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como um critério para seleção de alunos para a USP.

“Se nós temos o Enem, podemos imaginar uma forma de utilizá-lo no sentido de buscar jovens talentos, como as olimpíadas de matemática e português, que mostram que eles estão em todo o território nacional, concentrados em algumas regiões, mas presente em todas. Isso significa que nós podemos atrair jovens de todo o Brasil, que terão muito orgulho de fazer uma graduação em São Paulo, na USP”, afirmou Haddad.

O ex-ministro defendeu a reforma proposta pelo Ministério da Educação quando o Enem foi criado e criticou o formato atual dos vestibulares.

“Quando nós tomamos a decisão de utilizar o Enem, que não era utilizado nas universidades em função do seu formato, [considerado] inadequável para a seleção, fizemos a reforma no sentido de oferecer às universidades um instrumento robusto, por meio do qual eles pudessem fazer uma seleção rigorosa dos alunos, atribuindo eventuais pesos diferentes às provas. Isso no sistema federal vingou”, disse Haddad.

g1

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