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segunda-feira, 06/05/24
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Vacina precisa ser 80% eficaz para acabar com a covid-19, diz estudo

A eficácia de uma vacina é proporcional a quantidade de pessoas que a tomam. Se 60% da população for vacinada, proteção precisa ser 100% eficaz

Coronavírus: futuras pandemias podem ser evitadas se vacina tiver 70% de eficácia (Yulia Shaihudinova/Getty Images)
Para uma vacina conseguir colocar um ponto final na pandemia do novo coronavírus, ela precisa ter 80% de eficácia, segundo uma pesquisa publicada no jornal científico American Journal of Preventive Medicine. Para evitar que outras epidemias aconteçam, a prevenção precisa ser 70% eficaz.

Uma vacina com uma taxa de eficácia menor, de 60% a 80% pode, inclusive, reduzir a necessidade por outras medidas para evitar a transmissão do vírus, como o distanciamento social. Mas não é tão simples assim.

Isso porque a eficácia de uma vacina é diretamente proporcional a quantidade de pessoas que a tomam, ou seja, se 75% da população for vacinada, a proteção precisa ser 70% capaz de prevenir uma infecção para evitar futuras pandemias e 80% eficaz para acabar com o surto de uma doença.

As perspectivas mudam se apenas 60% das pessoas receberem a vacinação, e a eficácia precisa ser de 100% para conseguir acabar com uma pandemia que já estiver acontecendo — como a da covid-19.

Isso indica que a vida pode não voltar ao “normal” assim que, finalmente, uma vacina passar por todas as fases de testes clínicos e for aprovada e pode demorar até que 75% da população mundial esteja vacinada.

A estimativa foi feita com a ajuda de um modelo de simulação em computador no Microsoft Excel.

Nunca antes foi feito um esforço tão grande para a produção de uma vacina em um prazo tão curto — algumas empresas prometem que até o final do ano ou no máximo no início de 2021 já serão capazes de entregá-la para os países. A vacina do Ebola, considerada uma das mais rápidas em termos de produção, demorou cinco anos para ficar pronta e foi aprovada para uso nos Estados Unidos, por exemplo, somente no ano passado.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) atualmente existem 173 vacinas em desenvolvimento contra o SARS-CoV-2. Dessas, 31 estão em fase de testes clínicos.

Uma pesquisa aponta que as chances de prováveis candidatas para uma vacina dar certo é de 6 a cada 100 e a produção pode levar até 10,7 anos. Para a covid-19, as farmacêuticas e companhias em geral estão literalmente correndo atrás de uma solução rápida.

Nenhum medicamento ou vacina contra a covid-19 foi aprovado até o momento para uso regular, de modo que todos os tratamentos são considerados experimentais.

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