Variante indiana é a predominante entre os novos casos da covid-19 no Distrito Federal. Até o momento, cinco pessoas morreram por complicações da Delta
O Distrito Federal registra aumento no número de contaminações pela variante Delta da covid-19 — identificada inicialmente na Índia. O último sequenciamento genômico feito pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF) apontou um acréscimo de 95 casos da cepa indiana na capital. Ao todo foram analisadas 116 amostras de material genético de infectados pelo novo coronavírus.
Além da Delta, o Lacen-DF identificou 21 contaminações pela variante Gama — registrada primeiro em Manaus. Com os novos casos, o Distrito Federal contabiliza 336 infectados pela cepa indiana. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (9/9), durante coletiva na sede da Secretaria da Saúde.
“Isso demonstra o avanço da transmissão comunitária da variante Delta no Distrito Federal”, pontuou Fabiano dos Anjos, diretor de Vigilância Epidemiológica. A transmissão comunitária de uma cepa caracteriza um cenário em que não é mais possível identificar a origem geográfica específica dos casos.
De acordo com Fabiano, entre os contaminados pela Delta há pessoas que foram vacinadas e também quem não recebeu o imunizante. “Lembrando que, aquelas pessoas que ainda não se vacinaram, são as mais suscetíveis a adquirir essa variante e desenvolver um quadro de gravidade. É importante que toda a comunidade permaneça consciente e responsável com as medidas não farmacológicas de proteção, como o uso de máscara, distanciamento social e a higienização”, destacou.
Em relação às mortes relacionadas pela cepa indiana, o diretor da Secretaria de Saúde informou que não houve novas notificações. Esse número se mantém em seis vítimas, sendo que uma delas residia no Goiás. Entre os moradores do DF, duas pessoas eram de Ceilândia, uma do Guará, uma de Santa Maria e uma de Taguatinga.