Jovens de 16 e 17 anos foram diagnosticados com doença. Brasília tem 170 infectados.
O Distrito Federal confirmou, nesta quinta-feira (25), que dois adolescentes, de 16 e 17 anos, foram diagnosticados com a varíola dos macacos (monkeypox). Esses foram os primeiros registros em pessoas com menos de 18 anos em Brasília.
De acordo com a Secretaria de Saúde, o DF tem 170 casos confirmados da doença. Desses, são 163 homens e sete mulheres.
Ainda há 187 casos em investigação. Outros 282 eram investigados, entanto, foram descartados, segundo boletim desta quinta-feira.
Na segunda (22), a secretaria informou que a capital federal tinha 158 casos confirmados. Ou seja, em quatro dias, foram 12 novos diagnósticos.
O Plano Piloto e Águas Claras continuam sendo os locais com mais casos confirmados. Entretanto, há registro de diagnósticos em quase todas as regiões do DF (veja números abaixo).
Veja o número de casos por região do DF:
- Plano Piloto: 32
- Águas Claras: 25
- Samambaia: 16
- Ceilândia: 14
- Guará: 13
- Planaltina: 7
- Taguatinga: 6
- Cruzeiro: 5
- Sudoeste: 5
- Gama: 4
- Santa Maria: 4
- Riacho Fundo I: 4
- Park Way: 4
- Vicente Pires: 4
- Riacho Fundo II: 3
- Sobradinho I: 3
- Itapoã: 2
- Cadangolândia: 1
- Sobradinho II: 1
- SCIA: 1
- Varjão: 1
- Núcleo Bandeirante: 1
- São Sebastião: 1
- Jardim Botânico: 1
Veja o número de casos por faixa etária no DF:
- 0 a 10 anos: 0
- 11 a 19 anos: 3
- 20 a 29 anos: 61
- 30 a 39 anos: 79
- 40 a 49 anos: 20
- 50 a 59 anos: 7
- 60 anos ou mais: 0
O que é a varíola dos macacos?
A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada. Os sintomas iniciais mais comuns são:
- Febre
- Dor de cabeça
- Dores musculares
- Dor nas costas
- Gânglios (linfonodos) inchados
- Calafrios
- Exaustão
A transmissão pode ocorrer pelas seguintes formas:
- Por contato com o vírus: com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas.
- De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais.
- Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
- Da mãe para o feto através da placenta;
- Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
- Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.