Um pregão eletrônico previsto para a semana que vem prevê a compra de dez conjuntos de cama box e colchão avaliados em R$ 2,6 mil cada, além do mesmo número de colchões a R$ 1,3 mil a unidade
O vereador paulistano Fernando Holiday entrou nesta quarta-feira, 7, com uma ação na Justiça do Distrito Federal para impedir o pregão aberto pelo Senado para a troca de dez camas e colchões de senadores. O caso foi revelado pelo Estadão. Um pregão eletrônico previsto para a semana que vem prevê a compra de dez conjuntos de cama box e colchão avaliados em R$ 2,6 mil cada, além do mesmo número de colchões a R$ 1,3 mil a unidade.
“O Senado Federal abriu licitação para comprar colchões e camas para os senadores. Não é piada. Juntamente com o Lucas Pavanato entrei na Justiça Federal para barrar essa piada de mau gosto com o dinheiro do pagador de impostos”, escreveu Holiday em mensagem divulgada no Twitter, numa referência ao advogado que o assessora e também assina a ação.
Desde março do ano passado, o Senado tem realizado sessões virtuais. Apenas em ocasiões específicas, como na eleição para o comando da Casa, em fevereiro, é que a presença foi necessária. Procurado, o Senado afirmou que a compra tem por objetivo manter os apartamentos funcionais em condições de “habitabilidade” para os parlamentares.
“Somente são trocados mobiliários em substituição de bens com elevado prazo de vida útil ou que apresentem avarias insanáveis”, afirma nota enviada pela assessoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Os valores previstos no edital, segundo o texto, são “condizentes com os preços praticados no mercado”. “Além disso, o edital apresenta a previsão de valores máximos, que costumam diminuir em função da concorrência”, diz a nota.