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Volta às aulas em SP é 1º grande teste para vias com velocidade mais baixa

Avenidas Jacu-Pêssego e Aricanduva, além das marginais, tiveram redução.
Aulas voltam em 5 mil escolas estaduais de SP e também em faculdades.

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Após um mês de férias, os alunos voltam a ter aulas nesta segunda-feira (3) em 5 mil escolas estaduais em São Paulo e em boa parte das escolas e faculdades particulares. Na cidade de São Paulo, esse retorno significa o fim dos dias de trânsito menos carregado e o primeiro grande teste da cidade com novos limites de velocidade em várias avenidas.

Nas avenidas Jacu-Pêssego e Aricanduva, na Zona Leste de São Paulo, o limite cai de 60 km/h para 50 km/h a partir desta segunda. E essa é apenas mais uma mudança. Desde o dia 20 estão valendo as novas velocidades nas marginais Pinheiros e Tietê. Os limites passaram a ser de 70 km/h nas pistas expressas, de 60 km/h nas centrais e de 50 km/h nas locais.

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) ainda não divulgou dados que permitam comparar como ficou o trânsito nas primeiras semanas após a implantação das novas velocidades.

A CET aplicar nesta segunda-feira uma operação especial nas proximidades de 103 escolas, sendo 40 escolas da rede municipal, 23 estaduais e 40 particulares (veja a lista) para orientar e fiscalizar o trânsito para evitar congestionamento no sistema viário.

Nas escolas municipais, as aulas já voltaram no último dia 23.

Estudo
A Secretaria de Transportes apresentou em julho números para defender a redução da velocidade. Segundo o secretário de Transportes, Jilmar Tatto, diminuir o limite de velocidade significa reduzir acidentes e congestionamentos.

O secretário citou um estudo da Universidade Federal de Santa Catarina que mostra que a letalidade é diretamente proporcional à velocidade do veículo. A 32 km/h, por exemplo, o índice de mortes nos acidentes estudados é de 5%, e a 64 km/h é de 85%.

As marginais são as vias com maior número de mortes em acidentes – em 2014 morreram 40 na marginal Tietê e 33 na Marginal Pinheiros.

Agente da CET trabalha no local de um acidente na Marginal Tietê. Ao fundo, placas mostram os novos limites nas três vias da Marginal. Na expressa, à esquerda: 70 km/h para veículos leves e 60 km/h para pesados; na central: 60 km/h; na local, à direita: 5 (Foto: Fábio Tito/G1)
Agente da CET trabalha no local de um acidente na Marginal Tietê. Ao fundo, placas mostram os novos limites nas três vias da Marginal. Na expressa, à esquerda: 70 km/h para veículos leves e 60 km/h para pesados; na central: 60 km/h; na local, à direita: 5 (Foto: Fábio Tito/G1)

Outro dado diz respeito ao espaço necessário para frear com segurança. Ele é de 170 metros para veículos a 90 km/h e de 85 metros para veículos  a 85 km/h. Ainda segundo o secretário, um veículo a 90 km/h ocupa uma área equivalente a 465 metros quadrados, ou seja, área que não pode ser ocupada por veículos próximos em razão do risco de colisão. O número é bastante maior que os 14 metros quadrados ocupados pelo automóvel parado.

“Na medida que você diminui a velocidade, mais espaço você ganha. Reduzir velocidade significa diminuir o congestionamento nas cidades”, afirma.

Tatto citou ainda redução de 71% no número de mortos na região central de SP, onde em outubro foi implantada a área 40, com novo limite de 40 km/h. A comparação levou em conta as 7 mortes registradas entre agosto e setembro e as 2 ocorridas entre novembro e dezembro do ano passado – dezembro costuma ter trânsito menor em razão das férias escolares e dos feriados de Natal e Ano Novo.

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