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segunda-feira, 23/12/24
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Volume armazenado do Sistema Alto Tietê atinge 22%

O Sistema Alto Tietê registrou nova elevação nesta quarta-feira (23). O volume armazenado é de 22%, pouco acima dos 21,7% registrado nesta terça-feira. De acordo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a pluviometria do dia é de 5 mm, diferente dos 0,4 mm de chuva registrado na terça-feira (22).

A pluviometria acumulada em dezembro está em 182,1 mm e já representa 94,4% da média histórica prevista para dezembro, que é de 192,8 mm.

Na mesma data do ano passado, o volume armazenado era de 10,5% e a pluviometria acumulada era de 75,2 mm.

A Sabesp informou que a transferência da represa Billings ao Alto Tietê passou a operar com 100% da capacidade no dia 11 de dezembro. Segundo a companhia, são transferidos 4 mil litros por segundo da Billings, que está cheia, para a Represa de Taiaçupeba.

Essa é a principal obra do governo contra a crise hídrica, a interligação entre os sistemas Rio Grande, no ABC Paulista, e Alto Tietê, em Suzano, foi inaugurada no dia 30 de setembro e custou R$ 130 milhões, mas operava com apenas 25% da vazão (mil litros por segundo). A vazão havia sido reduzida após um córrego alagar ruas em Ribeirão Pires e obras tiveram que ser feitas.

Recuperação
O engenheiro e sanitarista José Roberto Kachel disse que o volume do Sistema Alto Tietê chegará a 80% em dois anos e meio, caso o índice de chuvas continue em elevação e atingindo as médias históricas. “Se as vazões continuarem na média da série histórica, em dois anos e meio o sistema chega a 80%”, prevê Kachel.

“A situação está bem mais tranquila do que o ano passado. Além do que o Cantareira está melhorando e a simulação dele mostra que até março do ano que vem ele se livrará do volume morto”, continuou o engenheiro.

Programa Nascentes
O governador Geraldo Alckmin esteve na Represa de Paraitinga no dia 13 de novembro, em Salesópolis, para o plantio de 110 mil mudas do Programa Nascentes.

Os beneficíos do cultivo, como a maior frequência de chuva e maior consistência das margens dos cursos d’agua, evitando erosões, já poderão ser observados em um ano, segundo o governador. “O benefício é muito rápido. Vi uma aroeira que foi plantada há 70 dias e já está dando frutos. Se voltarmos aqui no ano que vem, já vamos observar uma melhora significativa nas margens da represa”, destacou.

Chuva em 2015
Novembro terminou com chuva 64% superior à média histórica. O mês de outubro terminou sem que as chuvas atingissem a média história. Ao longo do mês choveu 94,5 mm, 82,2% da média histórica de 115 milímetros.

Em setembro choveu o dobro do esperado para o mês no Alto Tietê. Segundo a Sabesp, a pluviometria acumulada foi de 170,2 mm, 108% superior à média histórica. Após 40 dias em queda, o índice dos reservatórios voltou a subir no dia 8. A média histórica foi superada no dia 9 de setembro, quando, em apenas um dia, choveu 57,3 mm. Esta foi a maior chuva do ano.

As chuvas de agosto foram 49% menores do que o esperado. A pluviometria acumulada ficou em 18,6 mm, quando a média histórica é de 36,7 mm.

Julho chegou ao fim com uma pluviometria 16,6% maior do que a média histórica para o mês, segundo os dados da Sabesp. A pluviometria foi de 57,4 mm e a média histórica para o mês era de 49,2 mm.

Em junho choveu menos do que a média histórica. A pluviometria acumulada no mês foi 31,1% menor do que a média histórica, que é de 55,5 mm.

Já entre fevereiro e maio choveu mais do que a média histórica. Antes de junho, o índice foi inferior à média apenas em janeiro, quando a pluviometria foi 58,7% menor do que a média histórica.

O sistema
Desde dezembro de 2013, a água da região é utilizada para abastecer parte dos moradores antes atendidos pelo Cantareira em bairros como Penha, Cangaíba, Vila Formosa, Vila Maria e parte da Mooca.

Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a população atendida pelo sistema saltou de 3,8 milhões de pessoas para 5 milhões. Um ano depois de começar a ser usado como reforço do Cantareira, em dezembro de 2014, o sistema chegou a operar com apenas 4,2% da capacidade. O volume das represas aumentou do início do ano até maio, quando atingiu o pico de 2015 de 23,3% no dia 14. Desde então tem sofrido sucessivas quedas.

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