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DF já tem 75% mais casos de meningite do que em todo o ano de 2015

Nos primeiros meses de 2016, houve 14 infecções e seis mortes; Vigilância Epidemiológica nega que haja surto.

Infectologistas do Lacen fazem análise das amostras de pacientes para confirmar a infecção
O ano nem acabou e a capital federal já superou em 75% o número de casos de doença meningocócica, a meningite, em relação a todo o ano passado. Até novembro, 14 pessoas tiveram a doença e seis morreram. Em 2015, ocorreram oito infecções e sete mortes. Essa é a primeira alta em três anos (leia Alerta). A Secretaria de Saúde nega que o DF viva um surto. A Vigilância Epidemiológica, porém, está alerta e acompanha a situação, atualizando os dados semanalmente. Em 2017, haverá alteração no calendário vacinal do Sistema Único de Saúde (SUS) a fim de frear o avanço da doença.

O mapeamento das autoridades sanitárias mostra uma concentração de casos em pessoas entre 10 e 19 anos e em crianças menores de 1 ano. As investigações, segundo a Vigilância Epidemiológica, não comprovam a ligação entre os casos. Regiões administrativas como Estrutural, Gama e Riacho Fundo notificaram dois casos cada uma. Ceilândia, Sobradinho e Lago Norte também registraram uma situação cada. A doença meningocócica tem início abrupto e evolução rápida, podendo levar ao óbito em 24 a 48 horas.

A infecção das meninges (membranas que envolvem o cérebro e a medula) pode ser provocada por vírus, mas a forma mais comum é causada por uma bactéria — o meningococo. O período de incubação é, em geral, de dois a 10 dias — em média, de três a quatro dias. O Boletim Epidemiológico de Doenças Imunopreveníveis emitido pelo governo garante que nos últimos anos houve redução da variação mais letal. Pelo menos na última década não houve surto. As amostras dos pacientes infectados são encaminhadas ao Laboratório Central (Lacen) para confirmação dos casos. Lá, infectologistas identificam o tipo da doença e encaminham os resultados para a Vigilância Epidemiológica.

Os sintomas iniciais são febre alta, náuseas, vômitos e rigidez dos músculos da nuca. O doente não consegue encostar o queixo no peito e deve ser hospitalizado imediatamente. Como é transmitida por espirro, tosse ou fala, é importante a notificação. Os corpos das vítimas passam por quimioprofilaxia — procedimento realizado para evitar que a bactéria, altamente contagiosa, espalhe-se pelo ambiente. “É uma doença difícil de diagnosticar. As manifestações iniciais podem ser confundidas com uma infinidade de outras doenças”, ressalta a gerente de Vigilância Epidemiológica, Priscilleyne Reis.

Fonte: Correio Braziliense

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