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segunda-feira, 23/12/24
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PF faz operação para desarticular quadrilha que fraudava licitações

Agentes cumprem mandados de prisão preventiva em São Paulo e Brasília.Um dos alvos da ação é um escritório que recebeu cerca de R$ 70 milhões.

A Polícia Federal cumpre mandados de prisão na manhã desta sexta-feira (3) para desarticular uma quadrilha envolvida em fraudes em licitações, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro. Agentes cumprem dois mandados de prisão preventiva e 5 mandados de busca e apreensão em escritórios e residências dos integrantes do grupo criminoso em São Paulo e Brasília. Os mandados foram expedidos pela 8ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

A Operação Esfinge conta com o apoio da Corregedoria-Geral do Ministério da Fazenda e está sendo realizada em conjunto com o Ministério Público Federal. Um dos alvos da Operação é um escritório de consultoria que recebeu cerca de R$ 70 milhões de uma empresa investigada por fraude à licitação na Casa da Moeda.

As investigações apontam que esse escritório recebeu o valor sem prestar os serviços em contrapartida, e teria servido de fachada para intermediar o pagamento de propina aos envolvidos no esquema.

A licitação da Casa da Moeda, investigada por fraude, teve por objeto o Sistema de Controle da Produção de Bebida que prevê a instalação, nas linhas de produção de bebidas frias (cervejas, refrigerantes, sucos, águas minerais e outras), de equipamentos contadores de produção, bem como de sistema para o controle, registro, gravação e transmissão dos quantitativos medidos à Receita Federal, para fins de tributação. O faturamento desse contrato, nos últimos seis anos, ultrapassou a cifra de R$ 6 bilhões.

As prisões preventivas foram decretadas em desfavor de um Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e de sua esposa, que foram indiciados e denunciados por crimes de corrupção ativa e passiva. A Operação Esfinge é um desdobramento da Operação Vícios, da Delegacia de Repressão a Corrupção e Crimes Financeiros (Delecor) do Rio de Janeiro, que no ano passado cumpriu mandados de busca em 23 endereços ligados aos investigados, incluindo gabinetes do edifício sede da Receita Federal, em Brasília, e na Casa da Moeda do Brasil.

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